11/06/2012

Então quem não presta, quem é?

Já estou fora daquele monte de esterco a quase um mês e meio, e agora está tudo doido lá!

A porcaria do programa deu barraca e algumas pessoas importantes tiveram que interromper as suas férias para virem resolver o problema, só me dá vontade de rir.

Mas então não era o Fulaninho que prestava e eu não? hahahahahaha

Comam-se! Pois eu estou a curtir a minha convalescia!



11/05/2012

Lembranças: PAI

O pai dela é um alcoólico que nunca deu paz à família. Era do tipo que chegava bêbado de madrugada e criava a maior confusão: palavrões, barulho, insultos, etc. mas nunca violência física, só isso é que abonava em favor dele.

Ela chega à casa, por volta das 19h, vindo do curso de dactilografia (naquele tempo era um curso obrigatório para quem quisesse encontrar um emprego). Entra pela parte lateral da casa com a sua bicicleta, a sua mãe dá por ela a entrar e grita:
- O teu pai sofreu um acidente de mota. (ele andava com um outro bêbado, dono de um boteco, proprietário de uma vespa a qual estava sempre embriagado conduzi-la).

Naquele momento ela experimenta dois sentimentos que pensava que não se pudessem sentir juntos pela mesma coisa: alívio e tristeza. Alívio porque viu que nunca mais ia acordar ou viver assombrada pelo bêbado, e tristeza porque afinal de contas é seu pai. É possível sentir isso?

Na sua garganta morre uma pergunta, por falta de coragem: "morreu"? Ao invés disso e para não parecer muito ansiosa, pergunta:

- Onde ele está?
- Está aí, todo quebrado.

Neste momento ela experimenta outras duas emoções, que também não combinam para uma mesma coisa: decepção e alívio. Decepção porque afinal as noites e madrugadas de inferno vão continuar, e alívio porque afinal de contas é seu pai. É possível sentir isso?

Terminando a história, o acidente não foi nada de grave, ele esteve de molho em casa por alguns meses a andar de muletas o que proporcionou alguma paz, pois desta forma ele não pôde mais se embriagar, pelo menos por algum tempo, o fez depois da recuperação.

NOTA: Ela sou eu.

02/05/2012

Baixa médica

Sofri um acidente, nada de muito grave, e estou em casa de baixa médica. Estou com uma perna engessada e proibida pelo médico de colocar o pé no chão. As dores são mais que muitas e a situação como um todo é bastante incómoda.

Ocorreu-me um pensamento, e peço perdão à Deus se estiver  ser muito má, mas se o que aconteceu for um meio para eu sair da empresa para sempre eu não me incomodo de pagar este preço. O que eu não quero é ficar um tempo longo fora de lá e depois ter que voltar.

26/04/2012

Pinico

Speedy Gonzales chega ao pé de mim, muito consternada. Mudou de posto a coisa de um ano, e agora vê-se obrigada e exercer funções do novo posto e do antigo!
- Vês isso! Só porque a minha categoria profissional está como Assistente Administrativo, tenho que fazer tudo!
- A tua categoria, pelo menos, é melhor que a minha  (disse eu).
- Qual é a tua?
- Pinico.
- Pinico?
- Sim, todo mundo chega ao pé de mim larga um poia (problema para eu resolver) e vai embora!

24/04/2012

Ela

Bem, ela a patroa, uma mulher mais baixa que o chão. Parece que foi muito mal criada, no pior dos buracos imundos, e imundos entenda-se por sujidade de falta de moral.

Como pode valer alguma coisa uma pessoa que blasfema contra Deus? Certo dia andava ela com um fio de ouro no pescoço e um enorme pendente em forma de cruz. Tocou no pendente e disparou: "Jesus, foi um estúpido, morrer assim como ele, só sendo um estúpido mesmo". Reconheço que cada um tem a sua crença e devemos respeitar uns aos outros, mas o que me chocou foi da maneira como falou, com uma total falta de emoção e com crueldade muito própria dela.

Um dia tivemos um embate a sério que não se desenrolou da maneira como eu estava a espera, tudo porque eu me deixei ir abaixo. Eu pareço ser forte, mas no fundo não sou e isso me deixa desiludida comigo mesma.

O trabalho é mais que muito e ainda por cima o programa informático enrola tudo. Naturalmente o meu trabalho está atrasadíssimo e ela então gritou em alto e bom som:
-"Tenho que ver o que se passa aqui, alguma coisa passa-se de errado e eu tenho que ver o que é. O fulaninho quando fazia este trabalho, lançava, aquivava e estava sempre tudo em dia." 
- Eu: "se calhar quem não presta sou eu, arranje alguém que preste então!". Disse isso com a voz turva, e é isso que me chateia, quando estou nervosa e a discutir com alguém, tenho tanto para dizer e só consigo ter vontade de chorar.
Sem prolongar muito a história, ela ao me ver chorar acabou por abrandar e de má funcionária me tornei uma injustiçada, pois o meu colega me defendeu, ao me ver em prantos, ela então concluiu que o meu trabalho é prejudicado porque só tenho colegas que me atrapalham muito, estão sempre de roda de mim a fazer as perguntas mais imbecis e fazer eu perder um tempo precioso. Diz que entende que este tipo de trabalho requer alguma concentração e que a quebra constante de raciocínio atrapalha muito.

Mas eu engoli tudo o que queria lhe dizer e quando me lembro dessa situação digo-lhe tudo, mas mentalmente. E fico me corroendo jurando a mim mesma que um dia ela vai ouvir tudo e mais alguma coisa. Mas na verdade é bem provável que eu lhe diga uma mentira: "vim entregar a minha carta de demissão porque vou mudar de actividade/trabalhar perto de casa". Nunca vou lhe dizer:"vim entregar minha demissão porque você é uma filha da puta que subiu na vida na horizontal e soube para quem abrir a perna!", sim porque a meio da expressão filha da puta já eu vou estar com a voz turva... que triste criatura sou!

23/04/2012

Feriado

Nada melhor do que um feriado no meio da semana para tornar a segunda-feira mais agradável!

18/04/2012

Segunda-feira #1

A Segunda-feira é um dia simbólico para mim, na verdade o simbolismo começa no final da tarde do domingo, sinto-me triste e nervosa, pois a segunda-feira se avizinha, e esta é o pior dia para mim, pois é o primeiro dia de uma semana de trabalho.

Esta última Segunda-feira (16/04/2012) parecia que ia fugir à regra de ser um dia tenebroso. Tudo por causa do lindo sol que apareceu no horizonte, até me senti mais feliz por dentro ( por dentro). Mas foi só atolar neste "Monte de esterco" para essa sensação maravilhosa desaparecer por completo dando lugar à angústia.

Tive que encerrar a conta de um cliente (que deixaria de ser nosso cliente) onde havia um erro, cometido por mim logo na altura que comecei a trabalhar aqui (início de 2011). Eu não percebia muito bem o funcionamento do programa informático e só mais tarde vim a descobrir uma anomalia no mesmo, que já foi corrigida, mas não a tempo de impedir que eu cometesse o tal erro. Tive que o fazer para que as contas estivessem balanceadas.

Agora que o cliente vai embora, tive que desfazer o meu erro, cometendo outro! Se descobrirem sei perfeitamente que não vão entender a minha explicação. Só espero que as pessoas que ficarem com as contas deste cliente não dêem pelo lançamento.

Vou pedir à São Jorge que me proteja em troca de eu ser mais boazinha para as pessoas.